Da simplicidade brotou a bondade, que exaltou a pureza!
Quando falamos ou pensamos em pureza associamos a algo limpo, claro,
até mesmo a ingenuidade, ao pensamento sem julgamentos, a ações leves.
Mas é algo mais profundo!
O ser que vive nesta personalidade
tem em si a facilidade de tudo transformar em inocência, seus passos são
leves, seu pensar é brando, singelo, seu agir tem uma verdade que não
fere mesmo pronunciando a mais dura verdade, pois o seu ser é tão
imaculado que as verdades chegam a ser doces, pois são do coração, sem
raiva, rancor, ódio.
Há quem diga que a pureza hoje está muito
difícil de encontrar, eu, particularmente, não acredito! Vivemos sim num
mundo de disputas, correrias, mas também vivemos num mundo que ainda
existe a sua magia, momentos e sinais de luz que, para aqueles que
conseguem e querem vê-la, basta admirá-la, não precisa maior esforço
para isso.
Essa é a ideia da pureza, ela se encontra nos
pequenos momentos da vida. Mas temos o admirável talento de complicar o
mundo ao nosso redor, dificultando a entrada destes espetáculos em
nossas vidas. Assim a pureza, ingenuamente se recolhe, fica ali,
esperando outros momentos para conseguir aflorar.
Assim é a
pureza, leve e suave. Podemos nos esconder de nossas falhas e erros,
viver na obscuridade dos fatos que cercam nossas vidas, forjar
pensamentos que nos consolem e tentem aquietar nossos corações, mas não
podemos enganar a nossa pureza, pois é nela que descansa a nossa alma
que nada tem a esconder!
Quando finalmente entendemos para que
viemos ao mundo, compreendemos que só estamos aqui para purificar nosso
espírito a ponto de libertar nossa alma. É ela, a pureza, que coloca em
situação de igualdade nosso Dharma e Kharma!
É o fim e o início da vida...
Viveka, pela inspiração de seu espírito guia.