Gostaria de começar o texto de hoje com uma pequena história sobre evolução que empresto de uma senhora amiga e muito sábia:
Número
1 Fui por uma rua, havia um enorme buraco, não vi, caí. E ali fiquei
por muito tempo esperando que o culpado ou os culpados viessem me tirar.
Número 2 Fui por uma rua, havia um enorme buraco, não vi, caí. E
então percebi que talvez estivesse ali por minha conta mesmo e que eu
teria que encontrar um meio de sair. Esforcei-me e consegui sair.
Número
3 Fui por uma rua, havia um enorme buraco, eu o vi, mas não consegui
evitar e caí. Como não era minha primeira vez, consegui sair bem rápido.
Número 4 Fui por uma rua, havia um enorme buraco, eu o vi, desviei-o.
Número 5 Mudei de rua.
Sou
grata por mais esta lição sobre a evolução, que acontece em espiral, a
medida que vamos compreendendo que as dificuldades só se apresentam
enquanto ainda precisamos delas, vamos avançando e deixando de cair em
tantas armadilhas. E estas são tantas! Como o exercício de paciência que
temos que fazer com aquela pessoa difícil de nossa família e que tantas
vezes não conseguimos, ou o perdão que precisamos dar a alguém que
muito nos machucou e nosso coração ainda não aceita, por mais que a
mente entenda que perdoar é a melhor forma de se curar. São muitas as
armadilhas do ego em que caímos todos os dias. O orgulho, a vaidade, o
julgamento, o egoísmo. Ainda tão distantes da nossa verdadeira essência
estamos! Mas caminhemos! Busquemos um pouquinho a cada dia. Um passo de
cada vez.
Para entender o que nos acontece, para compreender as
leis do Karma e da Evolução precisamos compreender sobretudo que
“estamos no comando de nosso barco”, não podemos culpar ninguém além de
nós mesmos pelas direções tomadas. Mesmo quando nos magoamos, nos
decepcionamos, nos traumatizamos, isto acontece porque permitimos,
porque criamos falsas expectativas, porque não aceitamos as situações e
as pessoas como elas são, porque estamos iludidos e separados da Grande
Verdade, aquela que nos possibilita o Amor Maior, o enxergar no outro
apenas sua imagem verdadeira.
Quando o coração aceita o bom e o
ruim. Quando o coração aceita o fácil e o difícil, com igual sabedoria,
tudo se dissolve, o medo, a raiva, a ansiedade. Aí conseguimos
compreender que tudo é certo, sempre, que estamos sempre amparados,
seguros e protegidos. E assim sentimos que tudo passa, que crescemos e
vamos nos colocando acima de antigas tendências de personalidade, acima
de determinados sentimentos e pensamentos que já são desnecessários.
Vamos aprendendo a desviar de certos sofrimentos. Vamos optando por
sermos felizes, por preservar a nossa paz. Até que descobrimos que além
de desviar da dor, podemos “mudar de rua” e conhecer outras paisagens,
e andar por outros caminhos, mais sutis, mais puros, mais simples. Mais
encantadores!
Não tenha medo de ir contra a correnteza! Não
tenha medo de ser diferente!! Mude! Não seja o que os outros esperam de
você! Seja quem você nasceu para ser!
Namastê
Satya, pela inspiração de seu espírito guia.